O casal de baixinhos na Curva da Laranja

O prof. Heriberto nos contou uma das histórias que ele presenciou na Curva da Laranja.

“Essa história aconteceu em um Atletiba em 1970. Naquela época, não havia divisão de torcidas, as torcidas ficavam todas juntas e não acontecia nada. O pessoal no máximo tirava um sarrinho um do outro. Quando saía gol do Atlético, a gente batia nos ombros dos coxas e tirava um sarro.

Naquele dia, cheguei cedo ao jogo, pra pegar o melhor lugar da Curva da Laranja. E lá tinha um baixinho sentado com a mulher no segundo degrau. Tinha o degrau debaixo e o espaço de mais ou menos um metro para passagem e o alambrado. Então, passou por ali uma mulher coxa (com a camisa do coxa), ela era loira e estava junto com o marido, também coxa. Quando a coxa foi passar por pela mulher do baixinho, ela toda invocadinha, gritou:

— COXA AQUI NÃO PASSA!

Levantou, grudou no cabelo da coxa e puxou, quando puxou, veio a peruca loira da coxa na mão da atleticana. Virou aquela gozação, todo mundo rindo sem parar e tirando sarro. Aí, o pau comeu solto, as mulheres começaram a bater boca, até os maridos entraram na briga. E um senhor (atleticano) sobe no alambrado, ele tinha nas mãos uma bandeira. Ele se segurava no alambrado e batia com o mastro da bandeira cutucando o casal de coxas, pra provocar ainda mais a briga.

Dois meses depois, fui contratado para trabalhar numa empresa e acabei conhecendo o sr. Plácido lá, eis que ele me conta, que era ele que estava com a bandeira no alambrado, cutucando os brigões. Dois anos depois eu conheci também o casal de baixinhos.”

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